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Teste: Peugeot 2008 Griffe com câmbio de seis marchas

Nova transmissão automática substitui a caixa de quatro relações para dar novo fôlego ao SUV compacto

Por Guilherme Fontana Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 24 jan 2018, 18h40 - Publicado em 31 out 2017, 13h50
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  • Por fora, nada novo: o 2008 Griffe mantém a cara de 2015
    Por fora, nada novo: o 2008 Griffe mantém a cara de 2015 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Como para um estudante de humanas, números nunca foram o ponto forte do 2008. Além de ficar longe de seus rivais em vendas, ele mantinha um antiquado (e criticado) câmbio automático de quatro marchas – no caso das versões com motor 1.6 aspirado, pois as THP nunca tiveram tal equipamento, e talvez nunca terão.

    Porém, chegou a hora de a Peugeot alterar essa equação: agora, finalmente equipado com uma transmissão de seis velocidades, ele quer mudar o resultado da conta.

    A adoção do câmbio automático de seis marchas proporcionou uma direção mais ágil e suave
    A adoção do câmbio automático de seis marchas proporcionou uma direção mais ágil e suave (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    O primeiro passo para a reestruturação vem na mudança das versões. A Crossway deixa de ser série limitada para se tornar versão oficial, e a mais cara com motor aspirado.

    Assim, a Griffe de R$ 85.190, testada aqui, passa a ser a intermediária da gama. Isso explica alguns dos pontos a seguir.

    Pela mudança de posicionamento, o 2008 Griffe perde sensores de estacionamento dianteiros, bancos de couro e GPS.

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    Multimídia agora tem Android Auto
    Multimídia agora tem Android Auto (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Em contrapartida, ganha Isofix, câmera de ré e central com Android Auto e Apple CarPlay – acompanhada da inconveniente porta USB ao lado da tela, que deixa exposto o cabo que faz a conexão com o smartphone. Antes, ela ficava escondida próxima ao câmbio.

    O modelo também ganhou entradas isofix
    O modelo também ganhou entradas isofix (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Entre os itens de série, o Griffe mantém teto panorâmico, faróis automáticos com leds diurnos, limpadores de para-brisa automáticos, sensor de ré, ar digital de duas zonas e quatro airbags.

    A versão Griffe conta agora com bancos de tecido
    A versão Griffe conta agora com bancos de tecido (Christian Castanho/Quatro Rodas)
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    A versão mantém o belo teto panorâmico
    A versão mantém o belo teto panorâmico (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Ainda ficou faltando o ESP, presente só na versão mais cara, com motor 1.6 THP. A reestilização europeia também não veio para o Brasil.

    Como em uma equação, depois da multiplicação e divisão dos equipamentos, é a vez da adição. É aí que entra o aguardado câmbio automático de seis marchas – o mesmo Aisin de terceira geração que equipa o 3008, C3 e AirCross, por exemplo.

    Assim como no C3, o 2008 passou também por alterações no motor 1.6 aspirado para reduzir vibração e ruído. Agora, com o câmbio automático, o propulsor rende 118/115 cv com etanol/gasolina a 5.750 rpm, contra os 122/115 cv disponíveis mais tarde, a 5.800/6.000 rpm.

    Marcadores: visão acima do volante
    Marcadores no quadro de instrumentos: visão por cima do volante (Christian Castanho/Quatro Rodas)
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    Já o torque ficou mais equilibrado, com perdas e ganhos, e passou de 16,4/15,5 mkgf a 4.000 rpm com etanol/gasolina para 16,1 mkgf a 4.750/4.000.

    As mudanças surtiram efeitos profundos na dirigibilidade do 2008, que ficou mais ágil e suave tanto no trânsito pesado quanto na estrada. As trocas de marchas ocorrem sem trancos e têm escalonamento preciso – isso privilegia a economia de combustível por fazer o motor trabalhar sempre em rotações mais baixas.

    Porta-malas tem 402 litros
    Porta-malas tem 402 litros (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Nos números, a prova final: com gasolina, o modelo foi de 0 a 100 km/h em 12,7 segundos (contra 14,3 da versão de quatro marchas). No consumo, os resultados foram mais sensíveis: ele fez 10,3 km/l no urbano e 14,1 no rodoviário – contra 10,4 e 13,5 do anterior.

    Se depender das evoluções, o 2008 tem boas chances de refazer suas contas diante do mercado. Basta o mercado refazer as contas para ele.

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    Leds nos faróis e nas lanternas são de série em todos os 2008
    Leds nos faróis e nas lanternas são de série em todos os 2008 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Veredicto

    Com câmbio e central mais modernos, o 2008 passa a ser uma interessante opção no segmento dos SUVs. Resta saber se o mercado responderá a essa evolução, pois esse Peugeot nem aparece na lista de chamada.

    Teste de pista (com gasolina)

    Aceleração de 0 a 100 km/h: 12,7 s
    Aceleração de 0 a 1.000 m: 34,3 s – 152,2 km/h
    Retomada de 40 a 80 km/h: 5,7 s (em D)
    Retomada de 60 a 100 km/h: 6,9 s (em D)
    Retomada de 80 a 120 km/h: 9,7 s (em D)
    Frenagens de 60/80/120 km/h a 0: 17,7/30,9/73,3 m
    Consumo urbano: 10,3 km/l
    Consumo rodoviário: 14,1 km/l

    Ficha técnica – Peugeot 2008 Griffe

    Preço: R$ 85.190
    Motor: flex., diant., longit., 4 cil., 1.587 cm3; 16V, 118/115 cv a 5.750 rpm, 16,1 mkgf a 4.750/4.000 rpm
    Câmbio: automático, 6 marchas, tração dianteira
    Suspensão: McPherson (diant.) / eixo de torção (tras.)
    Freios: discos ventilados (diant.), sólidos (tras.)
    Direção: elétrica
    Rodas e pneus: liga leve, 205/60 R16 
    Dimensões: comprimento, 415,9 cm; altura, 158,3 cm; largura, 173,9 cm; entre-eixos, 254,2 cm; peso, 1.248 kg; tanque, 55 l; porta-malas, 402 l

     

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