A Porsche mostrou ao mundo que carros híbridos podem empolgar sem poluir o meio ambiente. É nesse grupo que entra o Panamera 4 E-Hybrid, sedã ecologicamente correto que está na segunda geração.
O Panamera combina um motor V6 2.9 a gasolina (de 330 cv e 45,8 mkgf) com um elétrico de 136 cv e 40,8 mkgf. Juntos, eles produzem 462 cv e 71,4 mkgf – mais do que os 440 cv e 56,1 mkgf do Panamera 4S.
O carro dá a partida no modo E-Power e é possível rodar até 50 km movido puramente pela eletricidade a até 140 km/h. Recarregar a bateria, aliás, leva de quatro a oito horas. Se a ideia é preservar a carga da bateria, o modo E-Hold só aciona o V6.
Já o E-Charge transforma o motor a combustão em um gerador da bateria. No dia a dia, a escolha é o Hybrid Auto, no qual o veículo alterna as fontes de propulsão de acordo com a situação.
Os ajustes Sport e Sport Plus são velhos conhecidos. O primeiro preserva um nível mínimo de carga da bateria para impulsionar as acelerações. Já o Sport Plus prioriza o desempenho acima de tudo, mas sem esquecer o lado ecológico, pois o motor V6 biturbo recarrega a bateria.
Diferentemente da antiga geração, lançada em 2011, o motor elétrico entra em ação ao primeiro toque no acelerador – antes ele só funcionava se o pedal fosse pressionado quase até o final. Isso faz o carro arrancar rapidamente ao mínimo toque no pedal, demandando cuidado em manobras de baixa velocidade.
Juntamente com o controle de largada de fácil acionamento e as trocas rápidas do câmbio de oito marchas e dupla embreagem, o sedã precisa de 4,4 segundos para ir de 0 a 100 km/h e 3 segundos para retomar a velocidade de 80 a 120 km/h.
Além do desempenho de superesportivo, o Panamera é campeão de economia. Se você não tiver pé pesado, vai se espantar com sua frugalidade: 28,6 km/l na cidade e 11,6 km/l na estrada. É o segundo híbrido mais econômico no ciclo urbano já testado por QUATRO RODAS, perdendo só para os 34,5 km/l do Volvo XC90 T8.
A direção direta e a ótima estabilidade lembram o 911. O ronco não é tão alto, mas está longe de decepcionar. A cabine tem quatro bancos individuais e um belo console central com uma tela de 12,3 polegadas. No entanto, a quantidade de botões (sendo a maioria deles táteis) dificulta a leitura das informações.
O Panamera 4 E-Hybrid custa R$ 529.000. Quem busca mais desempenho pode levar a versão Turbo S E-Hybrid, com um motor V8 4.0 biturbo de 440 cv e um elétrico de 156 cv – a potência combinada é de 680 cv. A má notícia é que o o preço é mais do que o dobro: R$ 1,23 milhão.
Veredicto
Desempenho de 911 gastando pouca gasolina é a maior virtude do Panamera, um sedã feito para acelerar sem culpa e respeitando o meio ambiente.
Teste de pista
- Aceleração de 0 a 100 km/h: 4,5 s
- Aceleração de 0 a 1.000 m: 23,1 s – 231,1 km/h
- Velocidade máxima: 278 km/h
- Retomada de 40 a 80 km/h: 2,2 s
- Retomada de 60 a 100 km/h: 2,6 s
- Retomada de 80 a 120 km/h: 3 s
- Frenagens de 60/80/120 km/h a 0 m: 15,6/27/60,4 m
- Consumo urbano: 28,6 km/l
- Consumo rodoviário: 11,6 km/l
Ficha técnica – Porsche Panamera 4 E-Hybrid
- Preço: R$ 529.000
- Motor: gas., diant., long., V6, 24V, biturbo, 2.894 cm3; 330 cv a 1.750-5.000 rpm, 45,9 mkgf a 5.250-6.500 rpm. Motor elétrico, 136 cv; potência combinada, 462 cv, 71,3 mkgf
- Câmbio: automático, 8 marchas, tração integral
- Suspensão: duplo A (d) e multilink (t)
- Freios: disco ventilado (diant. e tras.)
- Direção: elétrica
- Rodas e pneus: liga leve, 275/35 R21 (diant.) e 315/30 R21 (tras.)
- Dimensões: comprimento, 504,9 cm; altura, 142,3 cm; largura, 193,7 cm; entre-eixos, 295 cm; peso, 2.245 kg; tanque, 80 l; porta-malas, 405 l