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Subaru Outback 3.6 AWD: muito mais do mesmo

Design morno, interior óbvio, comportamento esportivo e boa mecânica. O Outback foi criado ao conservador estilo japonês de fazer carro

Por Péricles Malheiros Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 10 Maio 2017, 18h56 - Publicado em 19 fev 2016, 14h11
Rack de teto acentua o visual parrudo
Rack de teto acentua o visual parrudo (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Com 4,81 metros de comprimento, o Outback tem porte de SUV, mas é, na verdade, uma versão aventureira montada a partir da station wagon do Legacy, que não vem para o Brasil.

Não é desses aventureiros cujo tratamento vai pouco além de itens estéticos. Com tração 4×4 e motor 6 cilindros com 256 cv, ele tem disposição para encarar trilhas de média dificuldade, com subidas e descidas com condições críticas de aderência.

A própria Subaru no Brasil reconhece: “Quem compra um Subaru o faz por satisfação própria. Ele se decidiu por razões técnicas, por saber dos atributos do veículo, principalmente os que se referem à robustez mecânica. Não compra para ostentar”.

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Design não é, definitivamente, o ponto alto da marca. E com o Outback não é diferente. Você sai com o carro na rua e, apesar do layout renovado e do porte avantajado, ele mal é notado.

Grande lembra a dos Hyundai
Grande lembra a dos Hyundai (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Na cabine, haja monotonia. O painel de design óbvio ostenta mostradores e equipamentos com layout fora de moda, como o ar-condicionado com botões prateados e display cujos números lembram os relógios digitais de carros dos anos 80 e 90.

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Couro e multimídia são itens de série
Couro e multimídia são itens de série (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Nada é feio ou mal-acabado e o pacote de equipamentos é farto, com sete airbags, teto solar elétrico, faróis com led e xenônio, rodas de liga leve aro 18, couro, banco do motorista com ajuste elétrico e memórias e câmera de ré.

A central multimídia é limitada: é incompatível com os sistemas operacionais de smartphones e não tem sistema de navegação por GPS.

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Central multimídia não tem GPS
Central multimídia não tem GPS (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Assim como o design externo, quase nada deixa você perceber que está a bordo de um modelo atual. Mas reconheço: basta dar a partida no motor para entender melhor as razões de compra de um fã de Subaru.

Além de uma sonoridade bastante peculiar – à la Porsche –, o elástico motor boxer, com seus (seis) cilindros contrapostos permite a redução do centro de gravidade. Some aí a suspensão de acerto rígido, largos pneus 235/60 aro 18, câmbio CVT com três mapas de funcionamento e pronto: o grandalhão se mostra obediente mesmo no contorno de curvas longas.

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Motor boxer de 6 cilindros tem dois modos esportivos de trabalho
Motor boxer de 6 cilindros tem dois modos esportivos de trabalho (Marco de Bari/Quatro Rodas)

No limite de aderência, dá para sentir o controle de estabilidade atuando em conjunto com a tração integral Symmetrical AWD, sistema criado pela Subaru em 1972 e aprimorado até hoje. É preciso superar muito o limite de velocidade de contorno de uma curva para se envolver em um acidente, tamanha a aderência.

Em nossa pista, o Outback confirmou a impressão de agilidade notada na cidade. Como o modo mais agressivo ativado, Sport Sharp, ele ignora o próprio peso de 1.698 kg e realiza acelerações e retomadas de velocidade com pique de esportivo – veja abaixo o quadro com os resultados do teste.

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Com tantas peculiariedades, é difícil situar o Outback entre a concorrência. Seu valor tabelado em R$ 172.900 fica próximo dos SUVS de entrada das marcas premium, como Audi Q3, BMW X1 e Mercedes GLA, e dos modelos médios / grandes como Toyota Rav4 e Hyudai Santa Fe.

Veredicto

Entretenimento a bordo e design não são com o Outback. Mas ele é bom de performance e dirigibilidade.

Teste de pista: Subaru Outback 3.6 24V 4×4

ACELERAÇÃO
0 a 100 km/h: 8,6 s
0 a 1000 m: 29 s – 189,2 km/h
VELOCIDADE MÁXIMA: 230 km/h (dado de fábrica)
RETOMADAS
De 40 a 80 km/h: 3,9 s
De 60 a 100 km/h: 4,4 s
De 80 a 120 km/h: 5,2 s
FRENAGENS
60 / 80 / 120 km/h a 0: 15,6 / 27 / 65,6 m
CONSUMO
Urbano: 7,9 km/l
Rodoviário: 12,2 km/l
Preço: R$ 172.900
Motor: gasolina, dianteiro, longitudinal, 6 cilindros opostos, 92 x 91, 3 630 cm3, 256 cv a 6 000 rpm, 35,7 mkgf a 4 400 rpm
Câmbio: automá­tico, CVT, seis mar­chas, tração integral
Suspensão: independente McPherson (diant.), eixo de torção (tras.)
Freios: discos ventilados (diant. e tras.)
Rodas e pneus: liga leve, 235/60 R18
Dimensões: compri­mento 481,7 cm; altura 167,3 cm; largura 184 cm; entre-eixos 274,5 cm; peso, 1.698 kg; porta- malas 560 litros; tanque 60 litros
Equipamentos de série: ar-condicionado digital, freio de estacionamento eletrônico, teto so­lar elétrico, rodas aro 18, tração integral, couro

 

 

 

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