A guerra contra os veículos chineses está se espalhando pelo mundo. Primeiro, os Estados Unidos anunciaram que aumentariam a taxação de carros elétricos para 100%, agora a Turquia também anuncia medidas protetivas para frear a ‘invasão chinesa’ em seu mercado automotivo.
O país vai taxar em 40% todos os carros elétricos, híbridos e a combustão fabricados na China. Todos os modelos vindos do país asiático terão ainda uma taxa mínima de U$ 7.000 (aproximadamente R$ 37.500). Ou seja, no caso dos veículos mais baratos, se os 40% de taxação for inferior ao valor mínimo, automaticamente o imposto cobrado será equivalente aos U$ 7.000.
Segundo o Ministério do Comércio da Turquia, o objetivo da nova tarifa é proteger a indústria e a balança de pagamentos do país. O déficit comercial turco ficou em 45,2 mil milhões de dólares no ano passado. A medida passa a valer a partir de 7 de julho, como anunciado no diário oficial do governo turco.
As medidas protetivas contra carros chineses começaram em 2023 na Turquia, quando foi lançado o primeiro carro elétrico turco. O TOGG T10X é um SUV de médio porte com autonomia para mais de 500 km e foi usado até como objeto de campanha do atual presidente, Recep Tayyip Erdoğan.
Além de EUA e Turquia, a União Europeia também pretende criar sanções contra os carros elétricos chineses, mas esse é um caso um pouco mais complicado. Isso porque as montadoras europeias não só estão presentes no mercado e chinês, como também produzem e importam alguns modelos de lá, por isso, temem represálias caso as tarifas impostas pela UE sejam muito altas.
No Brasil, o Governo atual retirou a isenção para a importação de carros elétricos e está retomando gradualmente a cobrança dos impostos. No momento, a alíquota é de 12% para híbridos de todos os tipos e 10% para elétricos. A partir de julho, ela será de 25% para híbridos leves e plenos, 20% para plug-ins e 18% para elétricos. Elas continuarão subindo até julho de 2026, quando o imposto será de 35% para todas as categorias de eletrificados.