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Sem Journey em estoque, Dodge se despede do Brasil mais uma vez

SUV de sete lugares saiu de linha em 2020 e todas as unidades ainda disponíveis no Brasil esgotaram

Por Gabriel Monteiro
Atualizado em 9 mar 2021, 16h45 - Publicado em 9 mar 2021, 09h55
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  • Grade cromada em cruz marca a versão pós-2011
    Modelo é vendido no Brasil apenas na versão R/T (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    O anúncio do fim da fabricação do Dodge Journey no México, no último trimestre do ano passado, já antecipava o que aconteceria agora. As últimas unidades disponíveis do Journey no Brasil se esgotaram e, com isso, a marca Dodge se despede do Brasil.

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    O SUV era o único produto oferecido pela fabricante norte-americana no Brasil desde 2016, com o fim da importação do Durango – equivalente Dodge ao Jeep Grand Cherokee, porém com sete lugares.

    Depois de 12 anos, o Dodge Journey dá fim à mais uma passagem da Dodge pelo Brasil. Ele estreou por aqui em 2008 na versão SXT com sete lugares e ainda com o velho motor V6 2.7 de 185 cv. Mas chegou a ter versão básica, SE, com cinco lugares e até calotas.

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    Dodge Journey STX
    (Marco de Bari e Diego Cardoso/Quatro Rodas)

    Nos últimos tempos, porém, era vendido apenas na versão topo de linha R/T com motor V6 3.6 a gasolina de 280 cv e 34,9 kgfm, com câmbio automático de seis marchas. O preço de tabela era R$ 149.900, o que não era de todo ruim para um SUV de sete lugares, exceto pelo fato de ter sido fabricado em 2018.

    Vale lembrar, também, do Fiat Freemont. Era nada mais do que uma versão Fiat do Journey que se diferenciava por ter motor 2.4 de quatro cilindros.

    Versão R/T AWD oferece tela retrátil de 9 pol. no teto
    Sistema de DVD para o banco traseiro era item de série no Journey (Marco de Bari/Quatro Rodas)
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    A marca garantiu que o os clientes continuarão a ser atendidos normalmente para serviços e assistência, revisões e fornecimento de peças de reposição.

    Quando anunciamos que o Journey sairia de linha, a Stellantis, grupo do qual a Dodge faz parte, dizia que estudava a vinda de novos modelos para nosso mercado.

    Espaço para sete passageiros é o forte do Journey
    Espaço para sete passageiros era o forte do Journey (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    No entanto, contatada pela reportagem da QUATRO RODAS, a assessoria de imprensa disse que a empresa não tem planos para o mercado brasileiro e que, no momento, não há intenção de trazer novidades ao país.

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    Durango foi vendido no Brasil entre 2013 e 2016 (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    A verdade é que mesmo o catalogo da Dodge nos Estados Unidos está defasado. Ela ainda conta com os modelos Charger, Challenger e Durango. Há, também, a linha SRT, divisão que oferece os modelos com motores de alto desempenho, mas que está fadada a ser encerrada pela Stellantis nos próximos anos.

    E mesmo nos Estados Unidos a expectativa é que as novas gerações de Charger e Challenger sejam os únicos representantes da Dodge nos próximos anos.

    A história da Dodge no Brasil é lotada de idas de vindas.

    A marca chegou ao mercado brasileiro em 1947 por meio de uma parceria com a Brasmotor, empresa que também foi responsável pela montagem dos primeiros Volkswagen no Brasil e pela criação da Brastemp.

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    Dodge Dart 1970
    Um sedã em sua forma mais clássica: teto de vinil era opcional no Dart 1970 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Caminhões da Dodge eram trazidos desmontados dos EUA e soldados e finalizados em solo nacional. De forma oficial, no entanto, sua história começou em 1967 com a aquisição da fabricante francesa Simca, que culminaria no lançamento do Dodge Dart com fabricação nacional em 1969.

    A Dodge abandonou nosso mercado em 1981 quando a filial foi vendida para a alemã Volkswagen e só retornou em 1998 para produzir a picape Dakota. Essa última passagem foi mais curta e durou apenas até 2002. Hoje, a Dodge deixa o Brasil uma vez mais.

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    QR - CAPA 742 - FEVEREIRO
    (Arte/Quatro Rodas)
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