O escândalo de emissões de veículos a diesel (conhecido por dieselgate) no qual a Volkswagen se envolveu no ano passado nos EUA despertou as atenções das autoridades para possíveis fraudes em outras montadoras que vão além das fronteiras da Europa. Agora, as investigações acerca de testes emissões podem chegar a fabricantes dos Estados Unidos, a exemplo da General Motors (GM).
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Segundo a publicação do jornal The Detroit News, um escritório de advocacia em Seattle está movendo um processo contra a GM por alterar os índices de emissões de poluentes do motor diesel do Chevrolet Cruze. O processo tramita na Califórnia. Segundo os autores da acusação, o Cruze diesel estaria emitindo óxido de nitrogênio (NOx) acima do permitido por lei e, assim como no caso da Volkswagen, o sedã estaria equipado com um software manipulador que detecta quando está passando por testes de emissões em laboratório. Dessa forma, ele alteraria o comportamento do motor 2.0 turbodiesel de 153 cv e 36,5 mkgf de torque para “mascarar” os reais índices de emissões do carro.
Vale lembrar que esse motor 2.0 diesel que equipa o Cruze tem origem Opel, braço europeu do grupo na Europa. Nos autos do processo, consta um relatório de um grupo ambientalista alemão que afirma que a marca Opel utiliza um dispositivo que desativa alguns controles de poluição em determinadas velocidades e temperaturas neste propulsor.
O escritório requer da GM uma indenização e a recompra dos veículos. Em contrapartida, a General Motors se defendeu e desmente todas as acusações. “Estas alegações são infundadas e vamos nos defender vigorosamente. A GM garante que o Chevrolet Cruze turbo diesel está em conformidade com todos as normas de emissões estabelecidas pelo Governo dos Estados Unidos”.