Agora que o Citroën Basalt começou a ser produzido em série, a Stellantis já olha para o próximo investimento na fábrica em Porto Real (RJ). O aporte de R$ 3 bilhões dará origem a um quinto modelo, ao lado de C3, C3 Aircross, Basalt e C4 Cactus, mas que não será um carro da Citroën.
Durante o evento para apresentar a linha de produção do SUV-cupê, diversos executivos da Stellantis falaram um pouco sobre o futuro da fábrica. Uma das perguntas mais frequentes é se a Peugeot voltaria a ter um carro feito no complexo, que começou a operar em 1999 para montar o hatch 206.
O plano é que a fábrica volte a montar veículos de outras marcas da Stellantis, embora ninguém queira confirmar exatamente qual. Com a mudança de geração do 2008, que passou a ser feito na Argentina junto com o 208, porém, a Peugeot não tem um modelo cotado para ser feito no complexo fluminense.
Isso foi reforçado pelo presidente da Stellantis na América do Sul, Emanuele Cappellano, no comunicado enviado à imprensa em seguida. “O novo ciclo reforçará a aptidão multimarcas da nossa fábrica. Planejamos também ampliar a produção, gerar novos empregos e reforçar toda a cadeira automotiva no desenvolvimento e localização de novas tecnologias que aceleram a descarbonização da mobilidade”, afirma o executivo.
A principal aposta é o Jeep Avenger, o menor carro da marca norte-americana que ainda é inédito por aqui e, como confirmado pela própria Stellantis, está em estudos para o país. Por ser feito com a mesma plataforma CMP do C3, as linhas de montagens já estão preparadas para trabalhar com esta arquitetura.
Este quinto modelo virá do aporte de R$ 3 bilhões para a fábrica, parte do ciclo de investimentos de R$ 32 bilhões na América do Sul a ser aplicado entre 2025 e 2030. Além do novo veículo, a Stellantis trará novas tecnologias, sistemas produtivos e equipamentos para o local.
A fábrica de motores também terá novidades. Atualmente, ela produz somente o 1.6 16V EC5, velho conhecido dos brasileiros que equipou vários carros tanto da Citroën quanto da Peugeot e que hoje só sobrevive no C4 Cactus. Este propulsor seguirá em produção para o mercado externo.
Nesta mesma linha, alguns executivos sinalizaram que a fábrica também “terá híbridos” com a tecnologia Bio-Hybrid anunciada pela Stellantis. Alguns apontam não apenas para a montagem de um carro com motorização eletrificada, mas também para a montagem de novos motores no complexo.