Audi TTS Roadster: esportivo da raiz à capota

Fiel ao desenho original da primeira geração, de 1998, o Audi TT segue com um magnetismo comum a poucos modelos. Imagine, então, o que acontece quando o TT em questão é conversível, amarelo e em uma versão com tratamento visual ainda mais esportivo.

O novo TTS Roadster já pode ser encomendado por R$ 319.990, ou seja, R$ 20.000 a mais do que o TTS Coupé ou R$ 53.000 a mais que o TT Roadster normal. Com relação ao Coupé, além da capota elétrica, muda o fato de que, no Roadster, não há espaço para passageiros na traseira.

O tratamento que transforma o TT em um TTS é radical. Acrescenta câmera de ré, multimídia com GPS, rodas aro 19, retrovisores externos rebatíveis e com capa de alumínio, pinças de freio vermelhas e interior preto brilhante. Sistema de som Bang & Olufsen e bancos esportivos com ajustes elétricos completam o pacote de itens exclusivos. Estes, aliás, são um dos grandes destaques da cabine: com um acabamento primoroso, de couro com costura dupla aparente e bordado S Line no encosto, eles oferecem elevado conforto, além de ótimo suporte do corpo nas curvas.

Tecnicamente, o TTS é bem diferente do TT. O motor é mais potente (286 ante 230 cv) e torcudo (impressionantes 38,7 mkgf a 1.800 rpm) e a tração é distribuída nas quatro rodas. Ou seja, os R$ 53.000 correspondem a mais de 15% do valor do próprio carro, mas valem cada centavo, principalmente se você está à procura de um conversível competente. E convincente. Em nossa pista de teste, o TTS Roadster acelerou de 0 a 100 km/h em apenas 5,1 s e cumpriu as três provas de retomadas em cerca de 3 s.

O trabalho do câmbio de dupla embreagem (S-Tronic) é excepcionalmente rápido. No modo esportivo de condução, cada uma das seis marchas é trocada com tempo apenas para um estampido ecoar pelos dois pares de escapamento. A suspensão, 1 cm mais baixa que a do TT comum, é rígida mesmo no modo mais confortável e trabalha ruidosa em piso irregular. Sobre asfalto liso, no entanto, junta-se à tração integral e faz o TTS grudar no solo.

Mesmo pessoas altas encontram facilmente a melhor posição de dirigir. Banco e retrovisores têm regulagem elétrica, o volante é ajustável em altura e profundidade e o espaço é amplo. Só é preciso lembrar que o porta-malas, com 280 litros, é pequeno (o de um VW Up! tem 285 litros). Uma coisa é certa: ainda que com bagagem limitada, a viagem será divertida e cheia de estilo, ainda mais se for feita em um dia de sol.

VEREDICTO

O tratamento da linha S, com motor mais forte e tração integral justifica o preço. Ágil, completo e cheio de estilo, é uma ótima pedida para quem gosta de esportivos.