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BMW Série 1: nem parece um nacional

Apesar de ser montado no Brasil, o Série 1 reestilizado sofre com a alta do dólar e fica muito mais caro. Mas preserva as qualidades do modelo importado

Por Ulisses Cavalcante
Atualizado em 23 nov 2016, 20h54 - Publicado em 14 abr 2016, 16h53
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  • BMW Série 1
    Série 1 ficou bem mais caro em 2016 ()

    Precisei deixar o Série 1 em um estacionamento e notei que o hatch havia sido cadastrado como importado. Isso me fez pensar que, daqui a um ano, talvez os valets do país ainda façam o mesmo. Não que eles não saibam que Santa Catarina fica no Brasil. É que é difícil crer que este automóvel seja feito lá.

    Não é culpa dos manobristas. Em primeiro lugar, o BMW é igual ao carro produzido mundo afora. Ao contrário do que Volks e Audi fizeram com seus Golf e A3 Sedan, o Série 1 não foi empobrecido para ganhar certidão de nascimento brasileira. Dois: o preço é de importado. Por R$ 165.950, a versão testada Sport GP causa a sensação de que o valor está errado. Em caráter temporário, o hatch era oferecido em outubro por R$ 119.950. E antes do início da produção local, saía a R$ 137.950.

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    BMW Série 1
    Lanterna agora avança sobre a tampa traseira ()

    Então, o que justifica tanto aumento? Segundo a BMW, apesar da fábrica no Brasil, boa parte das peças ainda é importada e cotada em dólar. Por isso, o impacto no custo de produção foi tão intenso.

    Fora isso, a quantidade de equipamentos é notável para um modelo de entrada. A remodelação de estilo feita no final de 2015 incluiu faróis e lanternas de led, com xenônio na dianteira. O 120i Sport GP vem de série com ar dual zone, pneus run-flat, bancos de couro e motor com start-stop.

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    BMW Série 1
    Tela central é comandada apenas pelo iDrive ()

    Na pista, o 2.0 flex turbinado surpreendeu pelo desempenho e pela economia. Gera 184 cv e 27,5 mkgf de torque (com álcool ou gasolina) e levou o hatch de 0 a 100 km/h em 7,3 segundos. Nas provas de consumo, fez 11,1 e 15,9 km/h (cidade e estrada). A transmissão automática de oito velocidades ajuda a manter o giro baixo em altas velocidades (2.200 rpm a 100 km/h) e contém os níveis de ruído e vibração na cabine. Mas o melhor do Série 1 só ele oferece em sua categoria: a tração traseira. Essa rara e prazerosa configuração, no futuro, não terá preço.

    BMW Série 1
    Bancos de couro são de série na Sport GP ()
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    VEREDICTO

    Este compacto é uma pequena joia na entrada do segmento premium. Mas está caro demais. Com esse valor, dá para comprar modelos de categorias superiores.

    Teste de pista (com gasolina)
    ACELERAÇÃO
    de 0 a 100 km/h: 7,3 s
    de 0 a 1.000 m: 28 s – 189,2 km/h
    VELOCIDADE MÁXIMA: n/d
    RETOMADAS
    de 40 a 80 km/h (em D): 3,2 s
    de 60 a 100 km/h (em D): 4 s
    de 80 a 120 km/h (em D): 5,1 s
    FRENAGENS
    60 / 80 / 120 km/h a 0: 16,6 / 26,9 / 62,7 m
    CONSUMO
    urbano: 11,1 km/l
    rodoviário: 15,9 km/l
    Ficha Técnica
    Preço: R$ 165.950
    Motor: flex, diant., long., 90,1 x 84, 4 cil., 1.997 cm3, 16V, 184 cv a 5.000 rpm, 27,5 mkgf entre 1.250 e 4.500 rpm
    Câmbio: automático, 8 marchas, tração traseira
    Suspensão: McPherson(diant.) / multilink (tras.)
    Freios: discos vent. (diant. e tras.)
    Direção: elétrica, 10,9 m (diâm. giro)
    Rodas e pneus: liga leve, 205/50 R17
    Dimensões: comprimento, 432,4 cm; altura, 142,1 cm; largura, 176,5 cm; entre-eixos, 269 cm; peso, 1.375 kg; tanque, 52 l
    Equipamentos de série: ar dualzone, GPS, banco de couro, xenônio, pneus run-flat, aro 17
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