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Testando os serviços de resgate de Ka, HR-V, Renegade e S10

Teste avalia o serviço de assistência das fábricas.<strong> </strong>Em uma situação real, a espera pode chegar a duas horas

Por Péricles Malheiros
Atualizado em 30 abr 2021, 16h54 - Publicado em 2 fev 2016, 17h05
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  • Longa - guincho

    Quem tem carro zero e faz seguro, quase sempre esquece que as fábricas oferecem um serviço próprio de assistência emergencial. O período desse benefício varia conforme a marca. Em 2014, usamos a frota de Longa Duração (na época, composta por Toyota Etios, Peugeot 208, VW Golf, Citroën C4 e Mercedes A 200) para fazer a primeira simulação para aferir a qualidade desse serviço prestado pelas fábricas. Agora, com quatro representantes de marcas diferentes (Chevrolet S10, Ford Ka, Jeep Renegade e Honda HR-V), decidimos repetir o teste.

    Paramos a frota em uma rua pacata de São Paulo e, rigorosamente ao mesmo tempo, ligamos para o 0800 de cada marca. Acompanhe como foi o atendimento prestado a cada modelo.

    Chevrolet S10

    “Senhor, não poderei enviar o guincho. Meu sistema avisa que seu carro já tem mais de um ano, que é o prazo de validade do Chevrolet Road Service”, disse a atendente do 0800 da GM. Insistimos no pedido, como faria alguém envolvido em uma situação real de emergência. “Eu compreendo, mas não tenho como lhe auxiliar.” Detalhe: a reportagem foi realizada exatos 33 dias após nossa picape completar um ano da data de faturamento. História triste, mas não exclusiva. Em 2014, vivenciamos a mesma situação como o Etios. No entanto, naquele caso vimos um final  feliz: depois da reportagem, a Toyota decidiu oferecer o serviço de assistência emergencial pelo mesmo período de garantia, ou seja, passou de um para três anos.

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    Jeep Renegade

    Um dos modelos mais badalados do momento no mercado revelou ter também o serviço de assistência mais ágil. No 0800 da Jeep, relatamos o problema (dissemos que o motor simplesmente não dava a partida) e informamos placa e número de chassi do veículo, além do endereço onde ele estava naquele momento. A ligação, ao todo, durou somente sete minutos, e a atendente se despediu informando uma previsão de uma hora para a chegada da plataforma. O socorro mecânico chegou antes: apenas 46 minutos após o fim da ligação. Atenciosa, a central entrou em contato para saber se tudo havia corrido bem com o resgate. Dissemos que o carro tinha voltado a funcionar normalmente e, por isso,  dispensamos o guincho.

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    Honda HR-V

    O utilitário da Honda estreou faz pouco tempo, mas descobrimos  que já mudou de número de telefone. “Liguei para o que constava na capa do diário de bordo, mas uma mensagem eletrônica informou que havia um novo 0800”, conta o designer Fabio Paiva, dono do HR-V no exercício simulado. Pior, ao ligar para o novo 0800, a linha caiu três vezes. “Ao menos foi a atendente da central que retomou o contato todas as vezes, me ligando no celular. E ela ainda perguntou se havia crianças, idosos ou alguém com necessidades especiais comigo”, diz Fabio. Todo o processo de atendimento durou longos 13 minutos. Como no Renegade, a previsão de espera foi de uma hora. Deu  quase isso: 54 minutos após o acionamento, o guincho da Honda chegou.

    Longa Duração - operação resgate

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    Ford Ka

    Assim como a S10, o Ka tem mais de um ano da data de faturamento da nota fiscal. Sem problema: a  Ford mandou bem ao estabelecer um serviço de assistência emergencial pelo mesmo prazo da garantia do veículo, três anos. O 0800 foi muito ágil: em sete minutos, o guincho foi pedido e ainda ouvimos do atendente o oferecimento de táxi: “Se o senhor estava a caminho de casa ou do trabalho, posso enviar um táxi. É por conta da Ford”, disse. Agradecemos, mas dispensamos a oferta. Ouvimos ainda a previsão mais curta para a chegada do socorro mecânico: “O guincho estará aí em até 40 minutos”, disse o rapaz do 0800. Ligação finalizada, o editor Péricles Malheiros, dono do Ka no exercício simulado, comemorou: “Pintou o campeão!”. A S10, sem atendimento, foi embora;  depois o Renegade; depois o HR-V…

    Passaram-se os 40 minutos previstos. Uma hora, uma hora e meia. E nada do resgate do Ka. Somente 1h54 minutos após nosso contato, uma atendente ligou: “Precisamos de mais 25 minutos. A plataforma está parada no trânsito”. Mal  sabia ela que essa desculpa não colava, pois nosso teste colocava todos os carros no mesmo lugar e os chamados eram feitos ao mesmo tempo justamente para obtermos uma comparação precisa dos serviços. Ver a plataforma chegando logo em seguida, 1h57 minutos após o pedido, deu até uma sensação de alívio. Mas já era tarde: a Ford, marca que havia despontado como a provável campeã do teste, derrapou. E o Ka foi o último a voltar para casa.

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